O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 13, fala sobre três aspectos do
amor, a verdadeira marca do cristão. Vamos examinar esses três aspectos:
Em primeiro lugar, a superioridade do amor (1Co 13.1-3). Depois de tratar dos dons espirituais, Paulo aborda um caminho sobremodo excelente. Em 1 Coríntios 13.1-3, fala da superioridade do amor sobre os dons espirituais. O que caracteriza a verdadeira espiritualidade é o amor e não os dons. A igreja de Corinto tinha todos os dons, mas era imatura espiritualmente. Conhecemos um cristão maduro pelo fruto do Espírito e não pelos dons do Espírito. No texto em apreço, Paulo diz que o amor é superior ao dom de variedade de línguas (1Co 13.1), ao dom de profecia (1Co 13.2), ao dom de conhecimento (1Co 13.2), ao dom da fé (1Co 13.2), ao dom de contribuição (1Co 13.3) e até mesmo ao martírio (1Co 13.3).
Sem amor os dons podem ser um festival de competição em vez de uma plataforma de serviço. Sem amor nossas palavras, por mais eloquentes, produzem um som confuso e incerto. Sem amor, mesmo que ostentando os dons mais excelentes como profecia, conhecimento e fé, nada seremos. Sem amor nossas ofertas podem ser egoístas, visando apenas nosso engrandecimento em vez da glória de Deus e o bem do próximo. Sem amor nossos gestos mais extremos de abnegação, como o próprio martírio, de nada nos aproveitarão. O amor dá sentido à vida e direção na caminhada. Quem ama vive na luz, conhece a Deus e se torna conhecido como discípulo de Jesus.
Em segundo lugar, as virtudes do amor (1Co 13.4-8). Como podemos descrever as virtudes do amor? Nesse mais importante texto sobre o amor, o apóstolo Paulo nos oferece uma completa definição. Primeiro, o amor é conhecido por aquilo que ele é: o amor é paciente e benigno. Segundo, o amor é conhecido por aquilo que ele não faz: o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça. Terceiro, o amor é conhecido por aquilo que ele faz: o amor regozija-se com a verdade.
Quarto, o amor, também, é conhecido por aquilo que ele é capaz de enfrentar na jornada da vida: o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Finalmente, o amor é conhecido pela sua indestrutibilidade: o amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará. O amor é a maior das virtudes, o maior dos mandamentos, o cumprimento da lei de Deus. O amor é a maior evidência de maturidade espiritual, a mais eloquente comprovação do discipulado e a garantia mais sólida da genuína conversão.
Em terceiro lugar, a perenidade do amor (1Co 13.9-13). O amor jamais vai acabar porque, agora, em parte conhecemos e, em parte, profetizamos. Porém, quando Jesus voltar em sua majestade e glória, inaugurando o que é perfeito; então, o que é em parte, será aniquilado. Agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Quando Jesus voltar e recebermos um corpo imortal, incorruptível, glorioso, poderoso, espiritual, celestial, semelhante ao corpo de sua glória, então, conheceremos como também somos conhecidos.
Agora, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor. No céu não precisaremos mais de fé nem mesmo de esperança, porém, o amor será o oxigênio do céu, o fundamento de todas as nossas relações pelo desdobrar da eternidade. Porque Deus é eterno e amor, o amor dura para sempre. Ainda que o sol pudesse perder sua luz e sua claridade; ainda que as estrelas deixassem de brilhar no firmamento; ainda que os mares secassem e os prados verdejantes se tornassem desertos tórridos, ainda assim, o amor continuaria sobranceiro, vivo e vitorioso para sempre e sempre. O amor jamais acaba. O amor é a verdadeira marca do cristão, desde agora e para sempre!
Por: Rev. Hernandes Dias Lopes em http://lpc.org.br/amor-a-verdadeira-marca-do-cristao/
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