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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Creio, Logo Sou Eleito!

Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.(At 13.48)

Este é apenas um dos muitos textos bíblicos que afirmam claramente a realidade da doutrina da eleição. Infelizmente esta tem sido uma doutrina extremamente negligenciada em nossos dias, de fato, podemos afirmar que em toda a história da igreja em alguma medida esta doutrina foi negligenciada. Mas, por que isso? Por que ignorar ou negar o que as Escrituras afirmam tão plenamente? Creio que podemos responder essa pergunta levando em consideração duas realidades importantes que esta doutrina ressalta. Em primeiro lugar esta doutrina glorifica a Deus, ou seja, ela nos mostra que a salvação pertence ao SENHOR (Jn 2.9) e que do princípio ao fim a salvação é dom de Deus (Fp 1.6). As Escrituras nos afirmam que o novo nascimento é obra do Espírito santo (Jo 3.6), que o arrependimento é concedido por Deus (Rm 3.4), que a fé é dom de Deus (Ef 2.8), enfim Deus é que opera em nós tanto o querer como o realizar (Fp 2.13). Diante desta sublime realidade o Apóstolo Paulo afirmou "Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!" (Rm 11.36). Quando negamos esta gloriosa doutrina estamos negando a glória que é devida a Ele. Cuidado irmão! Pois, o SENHOR disse "Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem," (Is 42.8a). Em segundo lugar esta doutrina revela a plena incapacidade e malignidade humana, de fato, ela humilha o homem colocando-o em seu devido lugar. As Escrituras afirmam que o homem é concebido em pecado (Sl 51.4), que ao nascer já se inclina para o mal (Sl 58.3), que o seu coração é extremamente corrupto (Jr 17.9), que todo o seu ser está de todo corrompido (Rm 3.9-18), de fato, a Escritura revela que o homem se encontra morto em seus delitos e pecados (Ef 2.1), sendo o mesmo inimigo de Deus (Rm 8.7,8). Tal estado mostra-nos o homem totalmente incapaz de se voltar ou pelo menos desejar as coisas de Deus. Um homem entregue a si mesmo jamais se voltaria para o Evangelho. Esse é um ensinamento pouco aprazível aos nossos ouvidos, porém é verdadeiro e fiel às Escrituras.

Amados irmãos vivemos dias de "exaltação" e "glorificação" humanas, onde cada vez mais as igrejas se voltam para o bem-estar humano em detrimento da verdade divina. Os cultos não visam mais a glória de Deus, mas a satisfação humana; e sendo assim, não há espaço para ensinamentos desagradáveis como esses que revelam a incapacidade e miséria humanas, e que dão a Deus a glória que Lhe é devida.

A doutrina da eleição desperta muitos adversários, alguns acham tal verdade absurda e incompreensível. Nós, porém, perseveraremos em dar a Deus a glória que Lhe é devida, reconhecendo a nossa incapacidade e louvando a Deus por tão grande salvação a nós destinada; cientes de que só cremos porque o Senhor nos destinou para a vida eterna.

Rev. André Luís

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Uma Igreja de Poder!

" Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;" (Rm 1.16)

É muito comum em nossos dias encontrarmos igrejas que se denominam "Cheias do poder de Deus". De fato, esta tem sido uma grande jogada para atrair as multidões, que desiludidas com o mundo buscam algo que possa transformar suas vidas. Geralmente a temática do Poder de Deus é atrelada a solução de problemas financeiros, físicos ou de ordem emocional. É claro que o Evangelho acrescenta bençãos sobre a vida do homem em todos os sentidos, ou seja, uma vez em Cristo toda a vida do homem será norteada pelos valores bíblicos, o que consequentemente acarretará grandes realizações, afinal conforme disse o Senhor Jesus "todas essas cousas vos serão acrescentadas", porém ele também afirmou a realidade da prioridade de se buscar o Reino em primeiro lugar (Mt 6.33).

O apóstolo Paulo estava muito desejoso de repartir algum dom com os santos de Roma (Rm 1.11), ou seja, de levar aos romanos o que ele tinha de melhor: O Evangelho. Paulo sabia que jamais a realidade do poder de Deus poderia ser dissociada do Evangelho, pois de fato, o Evangelho é o próprio poder de Deus. Poder este objetivo e eficaz na salvação dos pecadores. Tão importante era essa temática que ela chega a ocupar toda a sua argumentação nesta grandiosa carta aos romanos. Paulo queria a igreja de Roma fosse uma igreja de poder! E como fazer isso? Ocupando toda a vida dos romanos com o Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Diante deste fato chegamos a conclusão de que uma igreja de poder é uma igreja que aprende, ama e vive o Evangelho.

Irmãos amados do Senhor jamais nos deixemos levar por homens, movimentos, eventos, shows, entre tantas outras coisas que se afirmem manifestações do poder de Deus dissociados do Evangelho da graça, pois jamais a manifestação do poder de Deus está dissociada do Evangelho, ainda que tais manifestações se apresentem revestidas de "sinais e prodígios". Afinal não podemos esquecer que a operação do erro é acompanhada de sinais e prodígios da mentira (2Ts 2.9). Aprendamos o Evangelho, Amemos o Evangelho e Vivamos o Evangelho para a glória do Nosso Deus, pois desta forma podemos nos afirmar uma igreja de poder.

Rev. André Luís

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Corra, Corra!

"Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus." (Hb 12.1,2)


Estamos em uma corrida. A corrida da fé. E essa é uma corrida da qual muitos fizeram parte, de fato, "uma tão grande nuvem de testemunhas" é o que afirma o escritor sagrado. O capítulo 11 de Hebreus é tradicionalmente chamado de galeria da fé; destacam-se nessa galeria homens como Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, entre outros; também mulheres como Sara e Raabe. Todos esses obtiveram bom testemunho da sua fé (Hb 11.39a), ou seja correram de forma correta a carreira proposta. Daí surge a pergunta "Como correr de forma correta a carreira da fé?" Afinal não ditamos as regras, pois, graças a Deus, as regras são determinadas por Ele mesmo. Em primeiro lugar todos esses santos do passado entenderam a importância de se desembaraçar de todo o peso e de todo e qualquer pecado. Ora, como poderiam correr estando embaraçados? Como poderiam correr se detendo ante o assédio do pecado? Em segundo lugar eles compreenderam a necessidade da perseverança na corrida. De fato, não existem pausas na caminhada cristã. Devemos correr! Algumas vezes mais intensamente, outras vezes o fôlego parece nos faltar, porém jamais devemos parar. Por fim eles mantiveram os olhos fitos na recompensa. E que recompensa! o Autor e Consumador da fé, Jesus. Eles entenderam a beleza e grandeza do salvador a ponto de desprezarem a ignomínia, ou seja, a desonra, a afronta por amor a Cristo.

Corra irmão! Corra deixando de lado todo embaraço, ou seja, qualquer coisa que impeça o teu desenvolvimento na fé em Cristo Jesus. Diga não ante os apelos do pecado à uma vida "mais fácil, mais livre, mais prazerosa". Corra irmão! Corra com perseverança nos dias bons e nos dias maus. Suplique o auxílio do Senhor a fim de que haja continuidade no teu desenvolvimento na fé cristã. Corra irmão! Corra não perdendo o foco em Jesus o nosso Grande Salvador, pois a maior recompensa da vida cristã é o próprio Cristo, o amado de nossa alma; e assim, mesmo em meio as afrontas desta vida você correrá com prazer sabendo da grande alegria que também nos está proposta.

Rev. André Luís

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Quão Terrível é este lugar!

"Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia. E temendo, disse: Quão terrível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus." (Gn 28. 16,17)


Reverência. Esta é uma palavra desconhecida para muitas pessoas. Mas, o que significa reverência? Assim se define reverência: respeito profundo, acatamento, consideração, veneração ou respeito às coisas sagradas. Esta é a postura devida a todo adorador do Deus Todo-Poderoso. Infelizmente essa postura tem se tornado rara em nossos dias. Ao examinarmos as Escrituras Sagradas não podemos deixar de notar o cuidado divino para com a Sua adoração. De fato, já no segundo mandamento Deus diz como quer ser adorado 'Não farás para ti imagem de escultura," (Ex 20.4a); e aqueles que não atentaram para seriedade do culto pagaram com suas próprias vidas: Nadabe e Abiú (Lv 10), os homens de Bete-Semes (1 Sm 6.19,20), Uzá (2 Sm 6.6,7), os coríntios (1 Co 11.30).

Mentiras, tramas, fuga, medo e incertezas; foi nesse misto de fatos e sentimentos que Jacó chegou ao lugar chamado Luz para ali passar a noite. Em seu sonho Deus se revela a Jacó reafirmando a aliança feita com seus pais. Despertando do sono Jacó percebe a presença de Deus(O SENHOR está neste lugar), se conscientiza dessa presença(Quão terrível é este lugar!), e por fim adora ante essa presença(É a Casa de Deus). Percepção, conscientização e adoração são os passos necessários para um culto que agrada a Deus.

Irmãos amados mesmo que os mais diversos fatos e sentimentos tenham nos acometido durante o dia-a-dia jamais permitamos que a irreverência se nomeie entre nós; pelo contrário, acheguemo-nos diante do SENHOR percebendo a realidade de Sua presença, conscientizando-nos de quão terrível é estar ante Ele, adorando-O em espírito e verdade. O descuido para com o horário do culto, as conversas paralelas, o transitar em momentos de adoração são práticas inconcebíveis ante a realidade do Deus Todo-Poderoso. Afinal queremos que a Sua presença seja abençoadora em nossas vidas, e não uma presença de juízo.


Rev. André Luís

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