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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Estou Cansado, Estou Cansado!

Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.(Rm 14.17)

William Wilberforce cristão abolicionista que viveu no século XVIII disse certa feita "Minha grande objeção ao sistema religioso defendido por muitos que declaram ser cristãos ortodoxos, é que a religião parece ter sido feita para ser revestida de proibição e perigo, e não de paz, esperança e alegria." Estou cansado desse suposto cristianismo que julga a espiritualidade de outrem tendo como base o comprimento de uma saia ou de uma calça! Estou cansado desse suposto cristianismo cercado de proibições que tornam a realidade cristã semelhante a um campo de concentração! Estou cansado desse suposto cristianismo no qual cada irmão se torna um vigia da vida de outro irmão a fim de encontrar algum pecado no qual tripudiar! Estou cansado desse suposto cristianismo sombrio que amarga e afasta qualquer um que ouse se aproximar! Estou cansado desse suposto cristianismo que confunde força humana com o poder de Deus! Estou cansado desse suposto cristianismo que confunde desgosto e tristeza como sinônimo de sobriedade!

O Reino de Deus é alegria no Espírito Santo! Paulo afirma que a espiritualidade não consiste no que eu como ou bebo, não consiste em dias que eu possa guardar(Rm 14.5), não consiste em qualquer regra que eu venha a criar. Por que é tão difícil as pessoas compreenderem isso? Acredito que seja pelo fato de que essa verdade é humilhante! Saber que toda a minha espiritualidade é fruto da ação do Espírito que transforma meu coração é algo bem difícil de ser aceito pelo homem que sempre se acha capaz de agradar a Deus! Jesus arrasou as pretensões dos fariseus quando censurou duramente toda a falsa religiosidade deles no capítulo 23 de Mateus. Hipócritas, hipócritas, hipócritas... é assim que Jesus os chama várias vezes.

Irmãos amados do Senhor roguemos a Deus para que nossa espiritualidade não consista em mandamentos criados por homens, mas que possamos viver uma espiritualidade jubilosa no poder do Espírito Santo; amando a Deus e vivendo a santidade no guardar-se incontaminado do mundo e amando o próximo(Tg 1.27). Tenho esperança de que cada irmão conheça outro irmão pelas vestes de um caráter transformado! Tenho esperança de que não fazer o errado seja fruto de amarmos a verdade para a glória de Deus! Tenho esperança de que cada irmão auxilie um ao outro em suas fraquezas! Tenho esperança em um cristianismo fulgurante que atraia mais e mais os eleitos de Deus! Tenho esperança de que os cristãos entendam que o Evangelho é o poder de Deus! Tenho esperança de que as palavras cristão e alegria sejam um dia sinônimas!

Rev. André Luís

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Teologia do Medo

"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor." (1 Jo 4.18)

Por que sou cristão? Muitos responderiam "Ora, eu não quero que Deus me lance no inferno!" outros diriam "Tenho muito medo do diabo" e mais "Esse é um mundo muito perigoso e incerto, sendo assim, preciso de Deus!" O que há em comum em todas essas afirmações? MEDO! Medo de Deus, medo do diabo, medo do mundo. O fato é que o fundamento de toda essa religiosidade é o medo. Muitos são os que conseguem um número imenso de fiéis tendo como base a teologia do medo; e não são poucos os que enchem as igrejas e permanecem nelas atemorizados!

João afirma no verso 8 do mesmo capítulo que "Deus é amor"; no verso 19 ele afirma que nossa relação com o Pai está fundamentada em um amor recíproco, que tem sua origem no próprio Pai. De fato, ele quer que entendamos nossa relação em um contexto de amor; amor esse que foi derramado em nossos corações(Rm 5.5). Mesmo diante da realidade do Dia do Juízo devemos manter a confiança no amor do Pai, como mostra o verso 17.

Não sirvo a Deus para fugir do inferno! Não sirvo a Deus para fugir do diabo! Não sirvo a Deus porque estamos vivendo em um mundo perigoso! Sirvo a Deus porque ele em amor tomou sobre Si o juízo que eu merecia, e, assim, vivo em amor por Aquele que me amou. Que a nossa relação com Deus mediante o Seu Filho jamais seja uma relação utilitarista, ou seja, com vistas de nos livrarmos de algum problema, mas que nossa relação seja em amor por Aquele que nos amou primeiro.

Rev. André Luís

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Honras a teus filhos mais do que a Mim?

"E, tu, por que honras a teus filhos mais do que a mim, para tu e eles vos engordardes das melhores de todas as ofertas do meu povo de Israel?"(1 Sm 29b)

Por que tantos homens de Deus não foram bem sucedidos na criação de seus filhos? Essa foi uma pergunta que minha esposa me dirigiu hoje pela manhã. De fato, quando observamos a vida de Eli, Samuel, Davi, entre outros, encontramos essa triste realidade em comum na vida desses homens de Deus. Por um lado nos consola sabermos que não somente nós, porém muitos servos de Deus tropeçaram no desempenho dessa árdua tarefa. Por outro lado o registro bíblico nos admoesta para que não incorramos em seus mesmos erros quanto à criação de filhos.

O caso de Eli mencionado no livro de 1 Samuel nos chama a atenção para um erro cometido por muitos pais, ou seja, " por que honras a teus filhos mais do que a mim?" essa foi a pergunta do SENHOR a Eli. Os filhos de Eli banalizaram o culto profanando as ofertas santas e praticando a imoralidade nos átrios do SENHOR; o que despertou a ira de Deus sobre Eli, seus filhos e toda a sua descendência. De fato, Eli e seus filhos foram mortos e sua descendência foi amaldiçoada.

O quanto amamos nossos filhos? Como demonstramos esse amor por nossos filhos? Muitos pais acham que o amor por seus filhos é demonstrado quando a todo instante lhe dizem SIM, quando na realidade demonstramos muitas vezes nosso amor a nossos filhos ao dizer-lhes NÃO. Eli não soube dizer NÃO, pelo contrário fez vista grossa para os erros de seus filhos que pecavam grandemente contra o SENHOR; agindo assim Eli mostrou que honrava mais a seus filhos do que a Deus. Talvez você diga "Longe de mim tal coisa!", porém, todas as vezes que não pastoreamos o coração de nossos filhos, todas as vezes que não os orientamos quanto a reverência na casa de Deus, todas as vezes que os deixamos entregues as suas vontades, estamos honrando mais a eles do que a Nosso Grande redentor.

Irmãos amados do SENHOR sei que essa não é uma tarefa fácil, mas jamais devemos esquecer de que o SENHOR está conosco. Temos a Palavra de Deus, Temos o Espírito de Deus e a Igreja de Deus ao nosso lado. E mais ainda, é melhor sofrer agora no processo de lapidação do que sofrer futuramente com um filho rebelde e insubmisso tendo a sua vida e a de seus filhos sob o juízo do Deus Todo-poderoso.

Rev. André Luís

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