Páginas

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dando um Jeito no Jeitinho!

"E tudo fez Moisés segundo o SENHOR lhe havia ordenado; assim o fez." (Ex 40.16)

Richard Rogers, pastor na virada do século XVI, em Wettersfield, Essex, condado do sul da Inglaterra, foi perguntado por que era tão preciso [detalhista]. Ele respondeu: "Ó, senhor, eu sirvo a um Deus preciso" (Entre os Gigantes de Deus, pág. 122). Esta resposta maravilhosa destaca o que deveria ser a postura de todo servo de Deus, pois, de fato, o servo não questiona, ele obedece. Vivemos dias terríveis de desobediência clara e atrevida aos mandamentos de Deus! Os supostos servos de Deus alteram os mandamentos com o velho "jeitinho brasileiro" achando desculpas para conciliarem culto com show, imoralidade com santidade e o comércio com a fé. E além disso sempre encontram desculpas para não abandonarem seus pecados apelando para o amor de Deus; como se Deus fosse Amor às custas de Sua Santidade.

Moisés recebeu a incumbência de confeccionar, construir e levantar o tabernáculo do SENHOR; o que ele fez com toda prontidão e obediência. Moisés não questionou a disposição dos móveis, a quantidade de material ou a escolha das cores determinadas por Deus. Ele tinha diante de si uma grande obra especificada nos mínimos detalhes pelo Soberano Deus. Alegra o meu coração o verso 16, pois Moisés não só fez tudo, porém, fez tudo como o SENHOR o havia ordenado. Moisés entendeu a grandeza de Deus e a sua pequenez; ele entendeu quem era o servo e quem era o Senhor.

Irmãos amados do SENHOR tenhamos cuidado com o "jeitinho brasileiro" que infelizmente tem se introduzido no meio que se afirma "evangélico". Nosso papel como igreja do Senhor é obedecermos, e obedecermos precisamente. Não somos chamados a reinventar o culto ou a propor condições de serviço ao SENHOR; somos chamados a obediência,e a uma obediência precisa. A caminhada cristã não é um negócio em que eu proponho minhas condições. Cristianismo ensina a miserabilidade do homem ante a grandeza do Deus Todo-Poderoso que em amor resolveu nos salvar para servi-Lo com temor e santo tremor. Diante de tudo isso obedeçamos o SENHOR precisamente, louvando-O por tão grande salvação.

Rev. André Luís

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Amo O Amor!

Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.(Mc 12.30)

Este é o maior mandamento. De fato, precisamos resgatar a nossa religiosidade dentro de um contexto de amor. Preocupa-me muito que o apelo em nossos dias para servir a Deus seja extremamente utilitarista, ou seja, muitos afirmam "buscar a Deus" única e exclusivamente visando a solução de seus problemas; se isso não é afirmado explicitamente pode com certeza ser inferido pelo conteúdo dos cânticos, das orações e das pregações. Mas quando leio a Bíblia encontra os servos de Deus servindo a Deus por quem Ele é, e não somente pelo que Ele faz. A incoerência da religiosidade dos nossos dias é tão gritante que mesmo quando esses supostos adoradores se voltam para os feitos de Deus como base para suas reivindicações ignoram que os próprios feitos de Deus visam revelar a Sua grandeza a fim de que O amemos e O glorifiquemos "Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória, não a dou a outrem."(Is 48.11). Devemos aprender cada dia a amá-Lo mais; e quem pode nos ensinar este amor senão o próprio Deus que ama a Sua glória e que ainda se define como o próprio amor Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.(1Jo 4.8).

Creio que a antipatia para com essa realidade de amor seja devido a realidade de que só podemos afirmar que amamos o que conhecemos; e se tratando da realidade de Deus só O conheceremos através do que Ele revelou de Si na Sagrada Escritura; e lamentavelmente os supostos adoradores não estão dispostos a conhecer e conhecer(Os 6.3) o SENHOR nosso Deus. De fato, tal discurso como afirmam muitos é tedioso. Eles dizem:"Quero sentir o amor!", infelizmente ignoram que o verdadeiro amor a Deus não abre mão do entendimento. Sendo assim, é mais fácil e mais cômodo se entregar ao ativismo que ocupa, mas não preenche.

Amados do SENHOR amemos, pois Ele nos amou primeiro(1 Jo 4.19). Louvemos a sua beleza, cantemos os Seus feitos, anunciemos a Sua Majestade, trabalhemos com fervor; tudo isso como expressão de amor para com O Deus que nos amou. Pois, de fato, Ele é Digno.

Rev. André Luís

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O RG do Amor.

Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.(Jo 13.35)

Como conhecer um discípulo de Cristo? As respostas dentro das igrejas são as mais variadas a este questionamento. Em geral as respostas vão estar associadas a alguma capacidade sobrenatural, ou seja, algum dom que destaque aquela pessoa, algum talento ou alguma obra. É comum se apontar "ali é um homem de Deus" "veja como ele prega!" "veja quanto poder!" "olha o quanto ele contribui!". Essas pessoas parecem desconhecer ou ignorar o que o apóstolo Paulo fala em 1 Co 13. 1-3 "Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará." O amor é a marca do verdadeiro discípulo de Cristo.

A oratória, o carisma, ou até mesmo o desprendimento não determinam o discípulo de Cristo. De fato, essas características podem ser encontradas em qualquer pessoa; mesmo ela não sendo cristã. Nosso bendito Salvador enfatizou que o mundo nos reconheceria como seus discípulos pelo amor uns aos outros, pois, de fato, o amor marcou sua vida aqui na terra. Em uma cultura individualista a mensagem do Nosso salvador quebrou barreiras étnicas, sociais e religiosas. O amor abnegado chocou a cultura judaica e greco-romana daqueles dias; e ainda continua chocando a realidade de um mundo ocidental individualista como o nosso.

Amados do Senhor, aprendamos desse amor, exercitemos esse amor, pois, só assim, conseguiremos fazer a diferença em nossa sociedade individualista fundamentada em um terrível egoísmo. Procuremos conhecer e partilhar em nossa igreja as necessidades e as dores daqueles que amamos. Pois, assim, e só assim, todos nos reconhecerão como discípulos de Cristo.

Rev. André Luís

sábado, 9 de julho de 2011

O Diabo Quer Entrar!

"nem deis lugar ao diabo" (Ef 4.27)

Existem dois perigos quando tratamos da temática de satanás. O primeiro é superestimá-lo, ou seja, dar ao mesmo o destaque e o tempo que nem mesmo as Sagradas Escrituras dedicam. As Escrituras tratam da realidade de satanás e de seus demônios, mas não como seres poderosos que devem dominar nossas reuniões, perturbar nossos cultos, ou mesmo ser o tema central de nossas pregações. Pelo contrário, as Escrituras trazem apenas o que é necessário a fim de não baixarmos a guarda ante a sua realidade, pois, de fato, como o seu próprio nome indica ele é o adversário e inimigo de nossas almas. O Senhor Jesus chega a repreender a igreja de Tiatira por haver entre eles alguns que estavam se dedicando as "cousas profundas de satanás" (Ap 2.24); criando até mesmo ensinamentos sem nenhum respaldo bíblico. Creio que a igreja é assim repreendida pela razão de devermos nos aprofundar nas realidades divinas do conhecimento do Deus Todo-Poderoso, pois como diz Oséias devemos conhecer e prosseguir em conhecer o SENHOR (Os 6.3). O segundo perigo consiste no oposto do primeiro, ou seja, subestimar a realidade do diabo. Existem aqueles que acham toda a temática de anjos e demônios um tanto mitológica, ou seja, ignoram a audácia, a astúcia e arrogância do inimigo de nossas almas, chegando a desconsiderar os muitos relatos bíblicos que revelam a sagacidade de satanás.

Amados irmãos neste texto Paulo nos adverte quanto a realidade da prontidão de satanás em encontrar algum espaço ou oportunidade para nos levar ao pecado, pois o nosso inimigo sabe que esta é a maneira de cairmos no desagrado do Nosso Deus. O verso 27 está em uma lista de exortações de Paulo à santidade, ou seja, Paulo entendia que como servos de Deus não iríamos nos deter em mentiras, iras, furtos, imoralidade, entre outras coisas. E é neste contexto que ele nos diz "não deixem o diabo entrar" (paráfrase minha).

Estamos maravilhados com o que o SENHOR está fazendo em nossa IPB em Horizonte. Creio que podemos afirmar que estamos desfrutando de um avivamento - no sentido bíblico da palavra. Irmãos não podemos ignorar a fúria do diabo quanto a esta obra! Precisamos estar unidos em oração! Precisamos estar unidos em vigilância! Pois o nosso adversário busca brechas para tentar atrapalhar o desenvolvimento da obra de Deus. Tenhamos cuidado com a mentira, com a malícia, com a sensualidade, com a inveja, com a arrogância; pois tais são suas armas para semear contendas e divisões no povo de Deus. Vigie e Ore, pois só assim ele não encontrará meios de acesso à nossa comunhão.

Rev. André Luís

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ser Contente, Estar Contente!

"...porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação." (Fp 4.11b)

Paulo afirma seu contentamento em Deus em um contexto que ele menciona pobreza, humilhação, honra, fartura, fome, abundância e escassez. Não temos nenhum problema em afirmar contentamento na riqueza, honra, fartura e abundância; o grande problema para a maioria é afirmar que está contente ante a pobreza,
humilhação, fome e escassez. Vivemos dias em que "vida abençoada" para a grande maioria é sinônimo de ausência de problemas. É muito comum nos meios de comunicação a pregação que afirma o sucesso como evidência de uma vida plena em Deus. Será isso verdade? Claro que não desprezamos as muitas bençãos derramadas em nossas vidas pela imensa bondade de Deus, mas o que dizer quando o autor deste versículo encontra-se preso? Seria essa uma circunstância propícia ao contentamento? Muitos diriam que não! Porém, Paulo nos ensina que as circunstâncias não devem determinar a nossa fé, porém a nossa fé deve ser determinadora das circunstâncias que O SENHOR soberanamente estabeleceu para as nossas vidas. Paulo entendeu que toda situação é um aprendizado, de fato, é uma grande oportunidade para aprendermos mais do SENHOR. Dois fatos consolam meu coração ante essa realidade de Paulo. Em primeiro lugar ele afirma "aprendi" com certeza Paulo, como todos nós, aprendeu a desenvolver sua espiritualidade ante os grandes desafios da vida. Muitas vezes ignoramos essa realidade de que os grandes homens de Deus eram homens como nós sujeitos as mesmas fraquezas; temos a tendência de pintá-los como super-heróis. Em segundo lugar a força ou a capacidade de Paulo não vinha dele mesmo; veja o que ele afirma no famoso, porém muitas vezes mal compreendido, versículo 13" tudo posso naquele que me fortalece." Estar contente mesmo ante os revezes da vida é poder de Deus. Infelizmente nossa tendência é murmurarmos ante as dificuldades; somente Cristo que nos fortalece pode transformar nossa lamúria em cântico mediante Seu sublime poder.

Irmãos muitas e muitas vezes iremos nos deparar com situações extremamente desagradáveis neste mundo, porém jamais devemos permitir que tais situações determinem nossa espiritualidade. Sabemos que não é fácil, mas temos o Santo Espírito que nos assiste em nossas fraquezas e nos ensina o contentamento em toda e qualquer situação. Afinal " tudo posso naquele que me fortalece." (Fp 4.13).

Rev. André Luís

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...